segunda-feira, 9 de julho de 2012

Finalizando...

Agora que o semestre terminou, posso dizer que a sensação é maravilhosa, de dever cumprido, por mais uma etapa vencida, e de superação, pois sem dúvida foram dias difíceis, de muito estudo e tarefas que exigiram uma grande carga de leitura, muita dedicação e muitas madrugadas.
O que posso dizer, com convicção e sinceridade, é que uma das disciplinas que mais me encantou neste semestre foi a disciplina de Didática. Por várias razões: os conteúdos abordados foram pertinentes e interessantes, as teorias estudadas nos servirão de subsídio para a prática docente, assim como à troca de conhecimentos e experiências, as discussões e reflexões em sala de aula entre a professora e os colegas, foram agregadoras não só profissionalmente, mas tesouros valiosos para a vida de cada um de nós. E mais... o universo do conhecimento é infinito, pois aprender é um processo que dura a vida inteira. Sempre estamos aprendendo algo ao longo da vida.
Não poderia deixar de falar da professora Jane, da sua maneira de ministrar as aulas, da sua sabedoria, da sua paciência, e da energia boa que ela nos passou. Sem dúvida é uma professora com conhecimento e experiência na área que foi compartilhado brilhantemente com a turma.
Adorei a disciplina, e a experiência do portfólio foi fantástica!

Fonte: YouTube - Licença padrão do YouTube

domingo, 8 de julho de 2012

A importância do Planejamento Pedagógico



O planejamento é uma ferramenta importante e serve para subsidiar as ações docentes. É o plano de aula que dá ao professor a dimensão da importância de sua aula, os objetivos a que ela se destina, os conteúdos que deve ensinar para formar cidadãos atuantes na sociedade, enfim, é um organizador e norteador das práticas pedagógicas.
É um processo de organização e coordenação da ação dos professores. Ele articula a atividade escolar e o contexto social da escola. É o planejamento que define os fins do trabalho pedagógico. Seu objetivo principal responde as perguntas “para quê”, “para quem” e “com o quê” a escola vai funcionar. O plano e o programa têm um grande significado para esse planejamento. (MEC, 2006, p.42)

Por isso, é inconsequente pensar que a experiência de anos de docência é suficiente para a realização de um bom trabalho, sendo um dos principais motivos que levam um professor a não obter sucesso em suas aulas.
O professor necessita estar naturalmente sempre acompanhando, observando e pretendendo que o aluno aprenda e apreenda, para que efetivamente se aproprie do conhecimento de forma significativa, e assim os objetivos estabelecidos por ele sejam alcançados. O acompanhamento/observação em sala de aula do desempenho do aluno leva o educador a agir melhor, a redirecionar seus passos, a replanejar fazendo coisas diferentes, para que realmente se efetive o processo de aprendizagem dos alunos.
Planejar requer:
- pesquisar sempre;
- ser criativo na elaboração da aula;
- estabelecer prioridades e limites;
- estar aberto para acolher o aluno e sua realidade;
- ser flexível para replanejar sempre que necessário.
Ao Planejar devemos sempre levar em conta:
- as características e necessidades de aprendizagem dos alunos;
- os objetivos educacionais da escola e seu projeto pedagógico;
- o conteúdo de cada série;
- os objetivos e seu compromisso pessoal com o ensino;
- as condições objetivas de trabalho.
Com base nisso, defina:
- o que vai ensinar;
- como vai ensinar;
- quando vai ensinar;
- o que, como e quando avaliar.

MEC – Ministério da Educação e Cultura. Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos – Avaliação e Planejamento – Caderno 4 – SECAD – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – 2006.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

As Novas Didáticas


Segundo Perrenoud “podemos afirmar que as novas didáticas, resultantes de uma crítica das didáticas tradicionais, se apresentam como alternativas propostas a todos que não se contentam com as formas clássicas do ensino e do trabalho escolar” (p.83).
 Os aspectos que as caracterizam são:
1) considerar o aluno como sujeito ativo da sua aprendizagem;

2) construção de novos saberes centrado não apenas em atividades adequadas, mas também nas interações sociais;

3) privilegiar as competências funcionais e globais em oposição aos saberes fragmentados;

4) consolidar as aprendizagens escolares na “vivência” dos alunos;

5) respeitar a diversidade das personalidades e das culturas;

6) valorizar a autonomia da criança;

7) motivação relacionada ao prazer e a vontade de descobrir e de fazer;

8) dar importância aos aspectos cooperativos do trabalho escolar;

9) a ênfase à educação e ao desenvolvimento da pessoa.

Contudo, encontramos atualmente muitas escolas/professores ainda praticando o ensino tradicional. E porque isso acontece?

São muitos os fatores. O professor alterna o modelo didático (diversidade de atitudes), porque precisa ter domínio do conhecimento muito grande e/ou ser um especialista, ter a vivência da autonomia, e por isso ora são interacionistas, ora se utilizam das novas didáticas.
Além da atualização constante do conhecimento, o educador necessita de uma visão pedagógica diferenciada para o enfrentamento do cotidiano da sala de aula, que demanda mudança de atitudes e, ao mesmo tempo, do controle disciplinar da turma.
Sem dúvida são aspectos difíceis e desafiadores, pois a vida moderna se tornou mais complexa exigindo do professor - mediador do conhecimento -, um profundo embasamento teórico e um forte idealismo, para o exercício da atividade docente, e como consequência, obter o reconhecimento da qualidade de seu trabalho pedagógico.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Teorias da Aprendizagem

Assim como os documentos curriculares são norteadores e servem de parâmetro para as políticas pedagógicas, as teorias da aprendizagem servem de suporte para a escola e educadores no processo de ensino/aprendizagem dos alunos.

E... como ocorre esse processo? Como conhecemos o mundo/os fenômenos?

Para que possamos conhecer o mundo, os fenômenos, as coisas precisamos passar por processos de aprendizagem. E esta é a questão fundamental da escola: ensinar. Por meio do conhecimento escolar nos conectamos com o mundo.

Mas esse conhecimento não é o saber primeiro do aluno, pois ele já traz para a escola as experiências e saberes adquiridos no meio social onde vive e, portanto deve ser percebido e considerado como um sujeito em sua totalidade.

São muitas as questões e ações significativas que envolvem a prática docente, que vinculadas ao conhecimento teórico resultam em embasamento e ancoragem imprescindíveis para o desenvolvimento de trabalhos educativos qualificados. Dentre os teóricos estudados destaco Piaget, Vygotsky e Paulo Freire, pensadores importantes por seus estudos e legado.

Suas teorias (sinteticamente):

Piaget: “A teoria do conhecimento, construída por Jean Piaget, não tem intenção pedagógica. Porém, ofereceu aos educadores importantes princípios para orientar sua prática [...] É na relação com o meio que a criança se desenvolve, construindo e reconstruindo suas hipóteses sobre o mundo que a cerca” (Revista Nova Escola).

Vygostky: “O indivíduo não nasce pronto nem é cópia do ambiente externo. Em sua evolução intelectual há uma interação constante e ininterrupta entre processos internos e influências do mundo social [...] O aprendizado é essencial para o desenvolvimento do ser humano e se dá sobretudo pela interação social. Por defender essa ideia, o psicólogo Lev Vygotsky é considerado um visionário” (Revista Nova Escola).

Paulo Freire: “Para ele, não havia educação neutra. O processo educativo seria um ato político, uma ação que resultaria em relação de domínio ou de liberdade entre as pessoas [...] Uma pedagogia que libertasse as pessoas oprimidas deveria passar por um intenso diálogo entre professores e alunos [...] É preciso pôr fim à educação bancária, em que o professor deposita em seus alunos os conhecimentos que possui” (Revista Nova Escola).

A vida e o trabalho desses pensadores trouxeram contribuições importantes nas áreas da psicologia, sociologia e também na área da educação. São pensadores relevantes por sua atualidade e suas ideias estão presentes nos PCNs. Segundo Maria Tereza (uma das Coordenadoras gerais dos PCNs de 1ª a 8ª série) “Conhecer os estudiosos da educação e o processo de aprendizagem dos alunos sempre ajuda o professor a refletir sobre sua prática e compreender as políticas públicas” (Revista Nova Escola).

Referências:

sábado, 19 de maio de 2012

A estante do formador


É de fundamental importância que as escolas disponibilizem os documentos curriculares para que todos (corpo docente, comunidade, pais, alunos, etc.) tenham acesso às propostas pedagógicas daquela escola.





“Aqui estão o projeto político pedagógico da escola (com os princípios e os valores, o que deve ser ensinado e como), os Parâmetros Curriculares Nacionais, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil e o currículo da rede (estadual ou municipal, todas as redes, a princípio, devem ter um). Sem consultas constantes a eles, o trabalho corre um grande risco de perder o direcionamento claro e a coerência. Ficam também nessas prateleiras os textos e livros teóricos, que dão as bases para as soluções dos dilemas do dia a dia” (Revista Nova Escola, 2009).

Os Documentos Curriculares


As transformações mundiais e a globalização exigem da sociedade constantes mudanças. No que se refere à educação isso se concretiza nas reformas curriculares que visam à adequação da educação escolar às novas exigências impostas pela globalização da economia e pelo cenário político e cultural da era pós-industrial.

Surgem então como políticas educacionais os documentos curriculares. São documentos oficiais norteadores com a função de consolidar e explicitar diretrizes educativas e sua operacionalização visando orientar a ação das entidades envolvidas no âmbito do sistema de ensino.  Abordamos na disciplina de Didática sobre alguns documentos curriculares em vigor:

v  Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs

v  PCN 5ª a 8ª - LP

v  PCN E.M. - Bases Legais

v  PCN SC - Documento completo (1998): Educação Infantil / Ensino fundamental e médio (1 só volume)

v  Temas Transversais

v  Projeto Político Pedagógico – PPPs – documento curricular das escolas

Os documentos curriculares apresentam relação um com o outro, servem de base para pensar as propostas curriculares, e possuem as suas especificidades. Sem dúvida são documentos que precisamos conhecer e nos apropriarmos por serem relevantes como elemento catalisador de ações na busca de melhorias da qualidade da educação brasileira, bem como garantir o processo de construção da cidadania.

Mas ainda há muitas lacunas entre o plano teórico e a prática pedagógica, pois temos conhecimento das deficiências da prática em relação às intencionalidades elaboradas no plano ideológico. Creio que a questão desafiadora e premente do educador que está concluindo sua formação acadêmica hoje é... como fazer?

sábado, 5 de maio de 2012

Conhecimento Escolar: um dos elementos centrais do currículo


A escola e o conhecimento que ela transmite tem papel socialmente relevante. O conhecimento escolar contribui para a realização de planos e/ou projetos futuros, para a formação de sujeitos autônomos, críticos e criativos e consequentemente oportuniza mudanças sociais e individuais.
Segundo Candau, “uma educação de qualidade deve propiciar ao (à) estudante ir além dos referentes presentes em seu mundo cotidiano, assumindo-o e ampliando-o, transformando-se, assim, em um sujeito ativo na mudança de seu contexto.” (MOREIRA & CANDAU, 2007 p.21).
Vivemos num mundo globalizado onde o conhecimento abrangente e o desenvolvimento de aptidões técnicas e sociais tornam-se imprescindíveis. Cada vez mais estamos inseridos nessa realidade acelerada, que exige saberes para aquisição de competências, conteúdos e habilidades cognitivas.   
E complementando este panorama é relevante o papel do professor como mediador do conhecimento escolar, aquele que transmite e incorpora o conhecimento e valores como prioritários para ajudar os alunos a ir além dos conhecimentos cotidianos.
Não é simples, requer criatividade, originalidade, escolhas apropriadas de conteúdos e das formas de organização desse conhecimento, pois quanto melhor o professor media, melhor será o professor e os resultados dessa mediação, que compõe o processo de aprendizagem na preparação dos alunos para o enfrentamento do mundo e do universo profissional.


sábado, 14 de abril de 2012

Currículo: uma preocupação persistente


A concepção de currículo sofreu alterações ao longo do tempo, marcadas por influências teóricas e por transformações sociais, que refletem os anseios da sociedade nos diferentes momentos da história.
Neste percurso histórico há todo um processo significativo de mudanças, como fatores socioeconômicos, políticos e culturais, de movimentos, de ideologias, de contradições, que exigem da sociedade a organização das escolas. Surge então a preocupação com a normatização, com a organização de políticas específicas, com programas de atividades planejadas e ordenadas metodologicamente, e consequentemente uma organização curricular começa a se desenvolver.
As mudanças continuam se perpetuando, mas no contexto atual estamos num movimento de abertura dos currículos para o que acontece fora dos muros da escola. Entendemos o currículo como uma construção social inacabada para se pensar e repensar a cada momento, uma tarefa constante para atender mudanças e transformações em todos os sentidos, um conjunto de experiências de aprendizagem e conhecimentos a serem adquiridos e que considere também a carga que o aluno trás de seu mundo real.
O educador neste cenário tem papel fundamental na construção e materialização do currículo na escola, pois a prática docente hoje é complexa e lida com a diversidade dos alunos, da civilização, do próprio mundo e por isso as práticas curriculares devem ser reavaliadas constantemente.  
Enfim, o assunto currículo perdura como pauta de discussões e alvo da atenção de autoridades, profissionais envolvidos com educação, educadores, alunos, pais e membros da comunidade que se preocupam/acompanham as mudanças e necessidades da sociedade globalizada e têm papel integrante/participativo nas questões de uma educação qualificada, igualitária e um direito inalienável de todo ser humano.


domingo, 1 de abril de 2012

Qual é o papel do professor de português?



“Ninguém pode ensinar verdadeiramente se não ensina alguma coisa que seja verdadeira ou válida aos seus olhos.” 
(Forquin: Escola e Cultura, p.9)


Embora minha experiência em sala de aula seja pequena, tenho ciência de que o papel do professor é uma tarefa árdua, complexa, mas ao mesmo tempo desafiadora e gratificante.
Segundo Kenski “pensar o papel do professor no atual estágio da sociedade é identificar uma multiplicidade de ações diferentes para a mesma função” (2006, p.95), ou seja, é uma profissão mesclada por várias atribuições. Podemos até compará-la a de um psicólogo, pois o educador faz um acompanhamento de seus alunos dentro da escola, onde surgem as dificuldades, angústias, frustrações, conflitos, e fora da escola como um dos responsáveis por construir conhecimentos e contribuir na formação da personalidade do aluno, como um mediador de valores e transformador da realidade das pessoas, ou melhor, transformar o aluno no “sujeito de sua própria história”.
É importante comentar que uma criança que recebe orientação, que frequenta a escola, que pratica esportes, tem menores chances de entrar no mundo do crime, e isso já caracteriza uma grande conquista da nossa área.
Quanto ao papel do professor de português, é essencial estarmos preparados para educar visando prover os alunos para as diversidades da sociedade sem desconsiderar o conhecimento linguístico e cultural, sem esquecer de que ensinar também é aprender, sem esquecer que o professor hoje necessita de constante atualização de conhecimentos e domínio das tecnologias que vão surgindo, e, ainda, que professores e alunos exercem juntos o papel de protagonistas na escola.
Nesse contexo é fundamental que os decisores das políticas educativas priorizem a valorização dos profissionais da educação, para que mais jovens se sintam atraídos pela profissão.

 
 






quarta-feira, 28 de março de 2012




A ESCOLA

"Escola é...

o lugar onde se faz amigos

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

que não tem amizade a ninguém

nada de ser como o tijolo que forma a parede,

indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se ‘amarrar nela’!

Ora, é lógico...

numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz."

Este poema é de um grande educador brasileiro chamado Paulo Freire que lutou por uma escola inclusiva, uma escola para todos. Ele amava a escola e acreditava nela como um lugar alegre, para aprender, fazer amigos e educar.

terça-feira, 27 de março de 2012

"Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo.”
Paulo Freire

Para que serve a escola?


Parece simples responder a esta questão, mas não é. Vivemos hoje num mundo de singularidades, num mundo de semelhanças e diferenças, onde cada indivíduo trás consigo marcas que o diferenciam e o aproximam das outras pessoas como as questões de gênero, etnia, religião, cultura, e outras, diversidades que se tornam um desafio para os educadores.
As diferenças culturais, sociais, econômicas estão visíveis na sociedade em que vivemos, e a escola por ser um local de formação, de encontros, debates se torna um espaço primordial para uma nova consciência em relação à diversidade e ao multiculturalismo.
Como bem nos diz Candau à escola “é um espaço de busca, construção, diálogo e confronto, prazer, desafio, conquista de espaço, descoberta de diferentes possibilidades de expressão e linguagens, aventura, organização cidadã, afirmação da dimensão ética e política de todo o processo educativo.”(1996, p.15)
Então, é papel da escola formar cidadãos, dar aos alunos os ensinamentos de que eles necessitam para viver e trabalhar neste mundo de evolução, bem como orientá-los para a vida, pois todas essas experiências que giram em torno do conhecimento escolar tem um efeito extremamente importante: a constituição das identidades sociais dos alunos.
E para isso precisamos dos melhores quadros de professores. E isso também é uma questão para se pensar!